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Arquivo de fevereiro 2011
Desabafo
24/02/11
Fiz de minhas poesias
meus desabafos de cada dia.
Expor o sentimento humano
com seus planos, seus dilemas
onde o ser é o tema,
e a esperança
era o vicejar de cada dia.
Valorizar o homem
onde o pó da terra caída sobre os dedos
sem segredos para vida que todos sentem;
mas o que parece vicejo
é um descarregar de neurônios
do sentimento humano.
Não é assim que sentem as pessoas,
parece que pesam alguns que isto é de gente atoa;
não valorizam o sentimento expresso em versos,
se esquecem que o ser humano é uma folha que seca,
(esquecendo o homem vestido de terno)
uma palavra dita a seu tempo pode ser eterna.
Automóveis
13/02/11
A rua é dos automóveis.
O pedestre não tem preferência;
a calçada é dos automóveis.
E quem tem assistência?
A propaganda é dos automóveis,
disputando com as mulheres nuas.
Eu tenho medo de andar nas ruas,
pois as ruas são dos automóveis.
O carro é status,
é poder…
O carro buzina,
tirando minha auto estima…
Quem quer vencer?
Compre um automóvel!
Que polui.
Quem evolui?
Só quem tem automóvel?
Tenho minha carteira vencida,
mas quem se importa,
não quero ser homicida…
Olhando por trás da porta
do automóvel,
imóvel…
Incidente de insanidade metal.
Pois no futuro as ruas,
as calçadas
já não serão dos automóveis;
serão irreversivelmente dos pedestres,
das crianças
nuas
da couraça
dos automóveis.
Universo
06/02/11
O universo tem ralos, viajantes pontuais,
corações que pulsam espalhando luz pelos ares.
Ele se dobra como borracha
encurvando a luz como bêbado numa praça;
quisera eu viajar como os cometas
me desviar dos buracos negros
que a tudo suga.
A mim me cabe uma simples curva
do caminho estrelado pelo sol
e perfazer o caminho bem sóbrio
renascendo e trilhando sujeito ao tempo,
que tem suas próprias leis como o universo
e a gramatica que nos sujeita nos versos.
Ou ela é de nós sujeita abrindo luz
no nosso próprio peito.
Muriçoca
05/02/11
Muriçoca sanguessuga,
gruda na pele igual verruga,
se enchendo de sangue;
até virar uma bolha grande.
O foco delas é o esgoto,
agua parada ou poça d’agua.
Na mínima distração pica no corpo,
preferindo o calcanhar igual cobra.
Não sei pra que existir inseto
tão repugnante…
Uso a mão de chinelo.
Assim, não sobra sangue pra transplante.
Bar
03/02/11
Vida de vendedor de bar
Num entra e sai de pessoas, muitas atoa
Sempre há um cachorro a espreitar
Num dialeto a disser qual foi a boa
O time que perdeu ou venceu
Culpa do juiz ou do goleiro
Qual foi que fez mais gol, o artilheiro
Necessário o desabafado cenário
Quem não tem dinheiro é otário
Saem os petiscos os rápidos de comer
Inchando a pança de quem come e bebe
Às vezes sai uma saideira pra resolver
Anda na linha bebe e segue
Padaria e bar são quase sempre de “Português”
Tem que ter um atrativo pra ganhar freguês
Maquininhas de jogo, uma tevê
Pra quem quer ganhar ou perder.