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Arquivo de junho 2011
O vento balança
28/06/11
Há! sentimentos que se perdem nas palavras,
amor num breve olhar
que na língua se cala
na profundeza do mar.
Há! sonho de criança do amor a esperança
em fazer da vida breve
a sombra de um sonho, antes que o vento leve
e o vento balança, dança, dança.
Meu amor minha mulher
te dou os meus segredos,
um filme com seus enredos
um beijo de bem me quer
e o vento balança, dança, dança.
Meu bem caiu como um banho de cachoeira
não é de qualquer maneira
que salta para o espaço,
deixei os meus olhos cair nos teus laços.
Na palma de tuas mãos deixei meu coração,
no teu colo deixei os sonhos,
na tua face formosa os meus olhos,
nas pétalas dos teus ouvidos deixei esta canção
e o vento balança, dança, dança.
Infinito
19/06/11
As vezes penso…universo
profundo infinito eterno.
As vezes penso em meus olhos
não veem a molécula dos átomos.
O homem vive nesses extremos;
nosso cérebro não compreende o infinito.
Entramos no corredor e há luz no túnel
do equilíbrio que na vida tivemos.
O micro e o macro nos confundem,
mas para alguns que tem a virtude
de apenas contemplar o nascer do sol,
para os peixes lançar o anzol
tudo é um dia após o outro,
sem indagações sob o sol
e o futuro nada que nos deixa indouto.
É fazer da vida frugal.
Sonho
17/06/11
Eu tenho medo de apartamento
fechado e suspenso.
Eu vivo como o vento;
a vida é movimento.
Até meu pensamento
se move lento.
Veloz é o beija flor
na flor dos lírios dos meus anos.
Sem horizonte não há planos
sem amenizar a dor
da sofreguidão.
Preciso de irmãos
que sonhem o meu sonho;
um mundo
risonho.
Cavalo velho
11/06/11
Um cavalo velho cruza a avenida
Quase cambaleante segue avante
O que já foi força hoje é ferida
Animal que tanto serviu infante
Das batalhas e trabalho é herdeiro
Serviu nas costas o mundo inteiro
Olho triste o pobre abandonado
Por não ser mais forte nem alado
Quadrupede serviu humilhado
Sinto tuas dores, pois o homem
Também se vê pobre abandonado
Quando a força dos anos o consome.
Solidão
11/06/11
Meu estomago sente a solidão,
o remédio é em vão.
Sou eu destinado a ser só
como um laço do destino?
Onde desde menino me deram um nó,
sinto o peito em desatino,
rodei-me do ilusório.
Sinto-me como um palhaço
jogado num auditório,
só e na vida empurrado,
já não vejo mais nada
nem um amigo, nem a amada.
As vezes penso em desfazer tudo,
mas meu pensamento esta mudo,
tento refletir, mas quanto mais reflito
sinto o peito sem alivio.
Serei grande o bastante para admitir
que preciso de ajuda como a cura
do mal menor, do mal maior que dura,
a minha vida toda a me seguir.
Mato Alto
08/06/11
Saio de um bar,
entre falas, filosofias de vida
pego o ônibus na avenida,
minha mente divaga sem par.
No frio do inverno
vejo homens a passar de terno;
o ônibus passa sobre a ponte
sobre o rio poluído ao longe.
Passam pessoas com cão
de raça poodle fazendo pipi no chão
e placas anunciam night e new;
a mulher se encolhe pra proteger-se do frio.
Chego a Mato Alto,
o morro a beira do asfalto.
Os carros e as motos rompem o sinal
entre pessoas e cavalos, para bem ou mal?