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Arquivo de agosto 2015
Que tempos são esses?
29/08/15
Infinidades de ondas
Que emanam do universo
Verso a verso
Brilho que afugenta as penumbras
Que tempos são esses?
Onde homens tem o interesse
de decapitar inocentes
Meu Deus, meu Deus!
Estão doentes!
Onde está a inspiração?
22/08/15
Quem sabe a vastidão
do universo
possa inspirar
os meus versos
como quem circula
ao redor da mesa
a procura
de uma recompensa
que possa lhe fazer se sentir
seguro
de toda amargura
pois o refletir
sobre o mundo
e a vida
para quem tem ferida
é uma surra ao um
moribundo
mas olhar suas
virtudes
é o começo de uma
atitude.
Vivo à margem
20/08/15
Quanta coisa me surpreende?
Quanta coisa as pessoas entendem?
Que eu como poeta
Vivo à margem
De um lago (mundo)
Às vezes tenho pressa
Às vezes me sinto em paz
Porque a fé é meu alicerce
Às vezes me calo
Às vezes olho o lago
Como quem faz uma prece.
A faina dos dias
18/08/15
A faina dos dias
o cantar do pássaro
imensidão dos segundos
principia
ao redor do mundo
quando já era a quietude
da noite
e surge os açoites
do novo dia
Vem vem vindo…
o sol nascendo…
imenso e gigante
e foi e foi seguindo…
num esticar os braços
um assovio de uma canção
bate no compasso
o meu coração
Para os que têm memoria
como não dizer
que cada dia
é uma página
de nossa historia?
A espera se sacode
16/08/15
A espera se sacode
conforme o tempo
e pode
desfazer o que era
alento
fera, fera, fera…
que rodeia
o quintal da minha
aldeia
e como a vida se
exaure
no relógio disforme
de Salvador Dalí
surrealismo
é ali e aqui.
Leveza
14/08/15
Leveza
leve
não há surpresa
luz branca de neve
Sublime arrebatamento
enxugar os olhos
de todo lamento
desfazer os pesos
sobre os ombros
e o meu julgo
será leve
acima de tudo.
O que fiz eu?
12/08/15
O que fiz eu?
Como fiz eu?
Momentos passados
em lampejos da memoria
porque nossa história
são marcas que deixamos
O que foi plano
nas trilhas
que supomos
ser um atalho
(sem saída)
sentimento sem medida
de percalços sob o olhar
definir o indefinível
o que parecia visível
num atravessar a estrada
rápido e afoito
e suspirar.
Procrastinação
09/08/15
A semana passa
e sábado vem
Nada é no tempo
que imaginamos
ou acertado
E não se tem
o tempo na mão
Alguns dias são em vão
Mas ainda cavo
um buraco
e enterro
esta maldita
procrastinação!
Voou mais
07/08/15
Alguém dirá
que o meu sonho foi em vão
e a minha mão
perdeu-se no ar
Lembranças que ficaram
na estrada do tempo
do tamanho
das vozes que se levantam
e não se encontram
Embora a vida só é medida
pelo que sonha e fica
nos corações dos outros
Pássaro que não ficou
no seu pouso
mas voou mais.
Imagens ao vento
04/08/15
Imagens ao vento
Formam-se no céu
Nas nuvens de algodão
Deitado na relva
No chão
E dar imaginação
Ao pensamento
Camaleão com asa
É uma casa
Sem chão
Sem chão!
Um unicórnio
Com rodas
Abrindo a boca
Um gato no colo
De uma bailarina
Que é uma menina
Menina
Menina!