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Arquivo de julho 2016
Um dedo entre as nuvens
29/07/16
Um dedo entre as nuvens
rasgou o céu
e caíram as estrelas
e luminares
Os maldosos tornaram-se
réus
O Homem na sua essência
(não homem maldoso)
será transformado
e esmigalhadas todas
as carências.
E se a luz
26/07/16
E se a luz
Que brilha
Fizesse jus
A trilha
Do chão
Que se pisa
Como afago
De irmão
Como atalho
Pra felicidade
Ingênuo peito
Sem maldade
Assim meus
Ombros
Terminassem
Em sonho
Com Deus.
Noite
24/07/16
Acordado na noite
no embalar da música
noite na Boiuna
o sábado passa
e se retrata
no último fio
de minutos da semana
semanas cotidianas
quase nenhum comércio
no fim da estrada
no pedaço de bairro
esquecido
depois de tantas esperas
soluça a noite dentro de mim
nada de jornais
me sinto alheio
mas presente no País que
pulsa
os dias são todos apressados
correm atrás do calendário
e a roupa no armário é pouca
a biópsia do mês que termina
pede luz
como meu quarto reluz!
no escuro da noite
dorme a gente pacata
neste pedaço
da Barreira
tudo é empírico
nada de besteira
meu mundo se equilibra
na minha alma de poeta
simples
mas ser simples não é tão
simples
e o que pesa mais no gotejar
da vida
são as coisas simples
o puro extrato da existência
o amar
a vida
que sempre procrastina
na variação de valores
tanto matérias quanto pessoais
e o Rio de Janeiro no vermelho
como um sinal de trânsito
entre tantos sinais
no abarrotado circular
de carros.
Arrependei-vos!
23/07/16
Arrependei-vos!
Arrependei-vos!
Gritava o profeta
E quantas coisas
eu me arrependo…
e ter travado batalhas
incertas
No tempo eu aprendi
e aprendo
que a maioria nem sempre
está certa
Josué e Calebe foram
minoria
Na vida se aprende
que para os que acreditam
no final é alegria.
Desarrumados
16/07/16
A rede envolve os peixes
O texto envolve pessoas
Que minha arte me deixe
e não me faça atoa!
Sai versos sai linhas
Canta alto a galinha
por ter botado o ovo
Não tente enganar o povo
com versos desconjuntados!
Eu canto satisfeito
por ter escrito bem feito
em versos desarrumados.
A palavra pão
09/07/16
A palavra pão
alimenta a sede
do irmão
Tão clara como
a luz do sol
Eu a como
e me sinto saciado
A luz vertente
aquece o peito
desanimado
A palavra do filho
que pisou a serpente.
Conto Infantil
03/07/16
Zé Game acordou, de um pulo. Quando ouviu algumas vozes estranhas, enquanto tirava seu pijama. Escovou os dentes, quando bateram na porta do banheiro. Era sua mãe dizendo frases incompreensíveis. Abriu a porta e deu de cara com sua mãe, aparentemente lhe perguntando algo numa língua que ele não entedia.
Zumplingfunk up!
Era assim que Zé Game entendia.
O que houve com a família? Será que ficaram loucos?
Lembrou que ficou até tarde da noite, jogando game. Era sua mania. Seu hábito incontrolável.
Era um jogador solitário. E maníaco. Às vezes jogava com um amiguinho, como sempre, se saia vencedor. Isto lhe dava orgulho, e aumentava mais e mais sua paixão pelos games.
Não entendia o que as pessoas falavam, nem da família, nem os vizinhos, ninguém.
Não podia ir à escola, sem entender nada do que falavam.
Foi levado ao médico que o examinou. Nem ele nem o médico entendiam o que um e o outro diziam. O médico resolveu encaminha-lo a um médico de cabeça. Um psiquiatra.
Levaram-no ao psiquiatra. O psiquiatra dizia: “Zumplingfink on”. Segundo Zé Game entendia. E ele dizia: Linklinkon, linklinkon. Segundo o que o psiquiatra ouvia.
O psiquiatra encaminhou uns exames de eletroencefalograma, exames de sangue, etc…
Levaram os exames ao psiquiatra.
Não deu nada muito grave. Só uma anemia, por alimentação inadequada.
O psiquiatra o encaminhou a uma junta médica, junto com os pais.
Os médicos ao interrogar os pais, recomendaram uma boa alimentação e exercícios físicos. Afinal ele só tinha onze anos!
Recomendaram mais: ausência de todo tipo de game, videogame e computadores.
Zé Game, ao chegar em casa e entrar no seu quarto, teve uma surpresa. Nada de aparelhos eletrônicos!
Ele chorou, chorou… Tentou falar com os pais “sneef sneef link”, mas os pais não entenderam nada. Só entenderam quando ele no seu quarto apontara para o lugar dos eletrônicos.
Os pais disseram:”snak e snak”. Segundo entendera Zé Game, eles disseram “não e não”!
Os médicos também recomendaram mudar a rotina de Zé Game. Recomendaram boa alimentação, muito lazer, um animal de estimação e livros para sua idade. Afinal de contas, não são umas coisas difíceis!
Ao passar de uns dias, Zé Game acordou entendendo tudo. Brincava com seu cachorro, ia à escola normalmente, e, até, lia livros de historia, poesia, etc… Conseguiu melhorar até suas notas na escola.
Hoje, Zé Game não se chama mais Zé Game. Chama-se: “Zezinho Sonhador”.
Tudo passa e passará
02/07/16
Meu irmão
estenda a mão
Segure a vida
na avenida
do seu bem pessoal
Não pense que o mundo
é bonzinho, monetariamente
etc e tal…
Agradeça por um segundo
por tudo que você tem e sente
que um dia acabará
É melhor dormir
tranquilamente
pois tudo passa e passará.